domingo, 4 de julho de 2010

Eu odeio o Orkut



"A interface do Orkut foi muito bem feita. Há uma harmonia grande entre usabilidade e estética, com links em azul sublinhado convivendo com ícones graciosos, firulas e, pasme, capitulares numa tipografia fantasia de silhuetas de seres humanos. Uma vez que você entra lá, dificilmente consegue sair sem ficar pelo menos alguns minutos. A forma como a navegação é organizada é altamente persuasiva."
O texto acima foi retirado de um blog que no início de 2004 apresentava um novo site que unia fóruns e rede sociais. O autor do texto já escrevia acerca da capacidade do Orkut em ser viciante, mas tenho certeza que ele não sabia quais as proporções que esse "vício" iria atingir.
Qual de nós, mesmo após um dia exaustivo de trabalho, com milhões de outras coisas para fazer, ligamos o computador só para “dar uma olhadinha” no Orkut, vê se nas últimas 2 horas, alguém deixou um recado ou postou novas fotos no perfil. Além disso, ninguém mais consegue conhecer alguém novo e não procurar o seu perfil no Orkut. Se essa pessoa não possuir uma conta, já suspeitamos que ela esconde algo, pois: "Que tipo de segredo essa pessoa tem que não pode ter um Orkut?!" E quantos namoros, amizades e empregos não foram destruídos por causa desse site azul cuja intenção é que você faça amigos e encontre pessoas com os mesmo interesses que você?
É a partir desse contexto que o roteirista e escritor Evandro Berlesi escreve o livro “Eu odeio o Orkut” (Editora Alcance, 2008). O livro conta a história de Jader Bertola, um Office-boy que trabalha na funerária de seu tio, até viciar-se no Orkut e perder tudo, incluindo emprego e a namorada. O rapaz entrou inocentemente na internet em busca de uma namorada para poder esquecer a última (que lhe trocou por um balconista do McDonald´s, local onde ele nunca colocou os pés por questões políticas) e acabou tornando-se um dependente. Internado em uma clínica de desintoxicação orkutiana, Jader Bertola faz um download de suas memórias para um colega de quarto escrever um livro contando a sua decadência (do convite maligno até o offline), como um alerta aos jovens que dia após dia entram idiotamente no Orkut sem saber que estão entrando num caminho sem volta. Jader relata toda a sua vida, desde alguns fatos da infância na cidade, até a fase adulta (onde, às vezes, se comporta como uma criança).
Este ano, o Alvoroço Filmes lança o filme “Eu odeio o Orkut”, com participação especial de Luana Piovani. Vale a pena assistir.

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Macking of do filme "EU odeio o Orkut. Para assistir ao trailer, clique aqui.



2 comentários:

  1. Parabéns pelo blog, caso queira ver o filme eu odeio o orkut, esta disponível em www.filmescomqualidade.com !!!

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  2. acabei de ver o filme muito bom PARABEMS

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