
Ontem, Saramago morreu. O mundo ibérico, esta terra do pecado, sofre a perda daquele que nos deu o manual de pintura e caligrafia da sociedade contempôranea que partilha o mesmo ethos cultural lusitano. A obra de Saramago, levantando do chão a auto-estima do mundo de língua portuguesa, permitiu o reconhecimento de todos os nomes possíveis de serem vivenciados dentro da caverna cultural que é a Ibéria e a América Latina. Em sua jangada de pedra, estabeleu a conexão inevitável entre a América e a Ibéria, mostrando que o habitante desse mundo é o homem duplicado. Seus escritos foram um ensaio sobre a lucidez capaz de reconhecer as pequenas memórias uma outra história do cerco de Lisboa, esta bem mais larga do que o restrito espaço portugês. Em uma pesada viagem do elefante, apresenta a linguagem e a moral dos novos tempos. A moderniddade lusitana segue o evangelho segundo jesus cristo, com ou sem o amante de Pillar.
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